Sobre o padrão da sociedade


Desta vez falarei de uma utopia da sociedade capitalista atual (diga-se de passagem, isso anulará o argumento de que o socialismo não é viável por ser utópico): falarei sobre a igualdade.
Eis uma palavra mal interpretada! Ou seria esquecida? O fato é que ela é muito mal usada e foge muito do que se pensava no início (se é que algum dia se pensou diferente disso). Hoje em dia a sociedade confunde igualdade com padrão, que é um tipo de igualdade, mas esbarra na primeira palavra do lema que rege as constituições atuais: a liberdade.
Quando que nós vamos entender que não existe padrão no mundo, que todos nós somos diferentes, mas que temos algumas coisas iguais e essas coisas nos dá direitos iguais e isso sim é igualdade?
O que nos dá direitos iguais? O fato de sermos seres humanos. Todos. Uma grande pena é que isso ainda não possa ser aplicado a todo o mundo, mas vamos por partes, comecemos pelos humanos.
Todos nós temos direitos iguais e essa é a tal igualdade defendida na Revolução Francesa. O que deveria nos dar o direito de ter as mesmas oportunidades de todos. Deveríamos poder escolher o que vestir, sem medo de não arrumar um emprego. Enfim, deveríamos não precisar seguir padrões e escolher o que seria melhor para nós. Aliás, são os padrões que nos obrigam a comprar uma televisão, por exemplo (afinal, quem não tem uma televisão?).
Se existe algo incontestável nisso tudo, seria o fato de que o mundo de hoje sofre muito com problemas de stress, pessimismo e depressão (chamo-os de efeitos da racionalidade, que não se resumem a esses três), todos eles causados pelos padrões (mas não somente pelos padrões). A luta para trancar as portas do ilimitado é tão cansativa que nos dá stress; nossa vida se tornou tão previsível que viramos pessimistas; e o resultado disso tudo é a depressão. Depressão por não ser igual à mulher da propaganda é outro fato a ser ressaltado.
O ser humano vive enjaulado dentro de si mesmo. Enjaulados por máscaras fabricadas. Somos proibidos de cultivar nossas essências em nós mesmos, de praticarmos o eu! Onde fomos parar? E ainda vêm me dizer que o capitalismo é o sistema que está mais próximo da natureza humana! Não quero defender o socialismo, mas o capitalismo está longe de alimentar a nossa natureza. Antes que pensem que sou socialista, digo aqui que viso à criação de outro sistema, diferente dos já pensados até então.
Para encerrar quero dizer que felizes são aqueles que são loucos! Já que é assim que eles chamam os que se aceitam. A propósito, eu sou louco sim!

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